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Ser pais corajosos

Eis as palavras que me foram ditas ontem por um especialista em educação, o Professor Amos Rolider, sobre o triste escândalo ligado à prisão dos jovens israelenses no Chipre: “Isso não começou no hotel no Chipre, mas começou muito antes, no ensino aos filhos sobre recato, respeito e temor. Aqueles rapazes estão numa armadilha. Crescem sem limites e são arrastados a seguir ‘a galera’. Em meio a isso tudo, se acrescente hoje-em-dia o álcool. Beber é como que uma obrigação. Um garoto de 14 anos acha que é senhor de si mesmo, ainda que precise muito de nós. Mas nós não estamos lá. Vamos admitir: nós temos medo de estar lá nas festas de encerramento, de estar presente. Assim, eles não adquirem a capacidade de se comportar como deveriam. Agora, uma legião de advogados os defenderá, mas a pergunta é como mudamos de forma fundamental a educação, para que não passemos por outro escândalo como esse daqui a meio ano. Quando o garoto diz que ‘todo mundo gosta’, ‘todo mundo pode’, vamos dizer olhos-nos-olhos: nós decidimos de forma diferente. Vamos checar aonde ele vai, e se não gostarmos disso, ele não vai. Vamos supervisionar, não vamos agir como gado. Estamos mudando de fase. Entendemos que o jovem, na realidade, nos implora para que digamos ‘não’ de vez em quando. Talvez no início ele não goste disso, mas vamos olhar um passo adiante. Seremos corajosos. Pai ou mãe hoje em dia tem quer ser corajoso. Se nos comportarmos assim, talvez o jovem fique com raiva por um ou dois minutos, mas no futuro ele vai dizer: ‘Mãe, pai, muito obrigado.’”
 

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